quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Passado...

Hoje encontrei um texto meu, escrito a algumas eras, a lápis, em um caderno velho.
Tal texto não possui título ou data, coisa rara pois sempre colocava data em tudo escrito a mão.
Acho que isto foi uma da coisas mais bem sacadas que já escrevi. possivelmente se refere aos outros textos e poesias anteriores e tem direito até a rima tosca no final.
Espero que as poucas almas que ainda lêem isso apreciem, como eu apreciei te-lo encontrado.

"Já li e reli estas folhas inúmeras vezes.
Não compreendo como palavras faladas e emoções possam ser traduzidas em um alfabeto diabólico e, ao mesmo tempo, misericordioso.
Letras giram em minha cabeça e formam palavras sem sentido que, dispostos em uma frase tem o poder de de nos fazer chorar o sorrir, o poder de pensar e refletir, ou ainda, nos fazer entrar em brumas de angustia que nos acolhe e envolvem causando tensões e dores só compreendidas por que já as vivenciaram.
Me desfaço das folhas, mas os sentimentos permanecem, como se já fizessem parte de mim por gerações e gerações.
Palavras insípidas e inodoras
que trazem a tona momentos
que só deveriam ser passado
mas por mãos esguias e desinformadas
mantêm vivos no presente e,
manterá também no futuro
dores e lições já assimiladas.
Ó palavras que tanto amo
Palavras que não me deixam sozinho
Como viver com elas?
Mas sem elas seria o fim do caminho."



Tentei manter a mesma formatação da época, quase um poeminha no final...
Quase trágico, quase depressivo, quase bom.

É isto.

2 comentários:

pantera disse...

putz, eu curti
sou pessimo em me expressar, mas mesmo que fosse bom acredito que tem coisa que não da pra passar pra uma folha, ou pra um bloco de notas do windows

Patrícia disse...

eai seu maldito, até que tu escreve bem. Legal o blog. bjus